sexta-feira, 2 de abril de 2010

Memória analógica V

Papo de repórter

Na sequência dos acontecimentos registrados em 1996, em Nova York, uma pausa para a festa de Siomara Tauster (produtora da TV Globo) que reuniu um punhado de heterogêneos na 3ª. Avenida: o Ministro da Cultura, Luis Roberto do Nascimento e Silva, os jornalistas Edney Silvestre e Jorge Pontual.. A chinesa Helen Miu, linda, desfilando como uma princesa oriental pelo salão...
Ao lado do piano, onde a coruja costuma dormir, entabulamos – Léo Gandelmann, Astrud Gilberto e eu – uma conversa oportuna sobre tudo, embalados pelo vinho branco.

Oportuna porque eu tinha acabado de ler a biografia de Stan Getz , o genial saxofonista do jazz samba – um representante de Tio Sam no coração da Bossa Nova. Aproveitei então para saber da Astrud se procedia a versão apresentada no livro de que ela se tornara cantora profissional graças a ele, que espetacularmente a arrebatou dos braços de João Gilberto; e que a explosão aconteceu quando Stan foi informado de que Astrud não iria subir no palco do Carmeggie Hall, na famosa noite da BN. Ela era, até então, considerada apenas uma cantora para os ensaios, um duble de voz. Situação que se transformava em escândalo na visão – a esta altura apaixonada – de Stan Getz – o que logo transformou os dois num casal. Stan seria o produtor do primeiro e mais importante disco na carreira de Astrud, cantando em inglês versões de clássicos como The Girl From Ipanema, Desafinado, Wave.
Ela confirmou a história e forneceu outros detalhes, que não vêm ao caso.
(Nos tempos escassos dos filmes da Kodak, restou apenas este registro analógico da festa.)

Foto de Helen Miu.

2 comentários:

FELIPE CERQUIZE disse...

Mais uma história maneira, Toninho. Obrigado por compartilhá-la. Abração!

Leila Pugnaloni disse...

História de amor que vira Arte.