Cinco meses após o lançamento, a editora Casa da Palavra está colocando nas livrarias
a 2a. edição do livro SOLAR DA FOSSA. Vem revisada e atualizada.
sábado, 31 de dezembro de 2011
domingo, 27 de novembro de 2011
Primavera dos livros - como foi
Foi tudo super no bate-papo sobre o poeta Paulo Leminski nos jardins do museu. Estive na mesa com Álvaro Marins (ele organizou com Fred Goes uma edição de poemas do Paulo, nos anos 80), Celina Portocarrero (mediadora), Solange Rebuzzi (defendeu tese de mestrado sobre a poética de Leminski) e Estrela Leminski. E o garçom, é claro! Vocês não podem ver, mas a platéia estava salpicada de milagres. Na foto de Naná.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
A primavera dos livros
Recebi convite da curadoria e aceitei participar da 11ª. Primavera dos Livros que vai acontecer de 24 a 27 deste mês nos jardins do Museu da República (Palácio do Catete). Vou participar de uma mesa de debate sobre a vida e a obra de Paulo Leminski, o poeta da Cruz do Pilarzinho. Não vou estar só, mas ainda não foram confirmados os outros participantes. Quem promove é a Libre – Liga Brasileira de Editoras. (O bom desta feira é que os livros são vendidos com 40% de descontos e, para professores, com 50%.). Na foto de Américo Vermelho, Leminski na casa do Pilarzinho.
sábado, 5 de novembro de 2011
Solar na BN
A revista de História da Biblioteca Nacional comentou o lançamento de Solar da Fossa (Casa da Palavra) em sua edição 73, novembro. Conferiu ao livro de investigação cultural a sua cotação máxima, considerando-o "altamente recomendável". Resenha assinada por Gefferson Rodrigues. Para ler na íntegra, dê um clic na imagem para ampliar.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Memória analógica IX
Bilhete que encontrei em meio às tralhas e papéis. Foi enviado de Curitiba para o Rio, anos 70. Vinha assinado pelo poeta Paulo Leminski (que me chamava de Martins – portanto, Marta é uma curruptela para me zoar) e faz referência ao jornal Raposa editado pelo mestre da arte gráfica, Miran. Ao lado, à esquerda, um texto transverso que me permito ajudar na leitura: "Alô gordinho sensual, estou indo p/S.Paulo na proxima semana. meu tel é 549.2038. aquele abraço, Jack Pires (fotógrafo paulista que deixava Curitiba onde trabalhou durante anos. O Jack faleceu logo depois.). Os missivistas estavam se divertindo no botequim Bife Sujo, nosso QG em Curitiba. Minhas memórias analógicas.
terça-feira, 1 de novembro de 2011
SOLAR na Estação
Foi animado o sábado na Estação das Letras, em Botafogo, para tratar de assuntos do Solar da Fossa. Um buquê de amigos novos e antigos. A foto é de Chiquito Chaves.
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Próxima Estação
No sábado, 29 de outubro, estarei conduzindo conversa informal sobre o livro Solar da Fossa (Casa da Palavra) no evento Livros na Mesa, na Estação das Letras, no Flamengo. Traga um livro que você já leu e troque por um inédito que alguém vai trazer. Vai ser sábado, 29, a partir das 15 horas. Informações: 21 – 3237-3947.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
SOLAR na ESPN
Recebido pelo apresentador Dudu e pelo editor José Trajano participei do programa Pontapé Inicial, atração matinal no canal esportivo. A emissora inaugurava seus novos estúdios cariocas, em Botafogo, e preparou um programa muito bem ilustrado, com fotos e referêcias aos ex-moradores do Solar. Fiquei muito à vontade, entre amigos.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Solar da Fossa
Entrevistado por Leila Richers no programa Cidade de Leitores, do canal Multirio, pude falar do lançamento do Solar da Fossa e de outros livros. Agosto 2011. Foto de Júlio dos Anjos
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Anjos tortos
Luiz Carlos Maciel, Mônica Ramalho (mediadora), Fred Coelho e Toninho Vaz. Foto Débora Amorim
Em Brasília, antes do lançamento do Solar da Fossa, no CCBB, participei de uma rodada de conversa denominada Anjos tortos, a MPB gauche na vida, uma homenagem a seis talentos digamos, esquisitos: Wilson Simonal, Raul Seixas, Waly Salomão, Sérgio Sampaio, Torquato Neto e Itamar Assumpção. O evento começou no dia 15 e segue até outubro, sempre nos finais de semana.
Na abertura, fizemos um painel da contracultura no Brasil, notadamente nos anos 60/70, discutindo o papel dos anjos tortos neste contexto.
Mais sobre o evento: www.anjostortos.com.br
Em Brasília, antes do lançamento do Solar da Fossa, no CCBB, participei de uma rodada de conversa denominada Anjos tortos, a MPB gauche na vida, uma homenagem a seis talentos digamos, esquisitos: Wilson Simonal, Raul Seixas, Waly Salomão, Sérgio Sampaio, Torquato Neto e Itamar Assumpção. O evento começou no dia 15 e segue até outubro, sempre nos finais de semana.
Na abertura, fizemos um painel da contracultura no Brasil, notadamente nos anos 60/70, discutindo o papel dos anjos tortos neste contexto.
Mais sobre o evento: www.anjostortos.com.br
SOLAR em Brasília
Mais um lançamento capaz de mexer com as minhas emoções. Foi na livraria Dom Quixote, no belíssimo CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), dia 15 de setembro. Alguns personagem do livro, ex-moradores do Solar da Fossa, apareceram para dar brilho à noite: o senador Cristovam Buarque (foi o entrevistado no. 100, o último) e o jornalista pernambucano Carlos Marques (esteve também no lançamento carioca, na Argumento). A azeitona no meu drink foi o guru de todos nós, Luiz Carlos Maciel (na primeira foto), que frequentou bastante a pensão, embora não fosse morador.
A livraria estava florida de gente interessante. Muitos amigos hoje morando em BSB levaram seus afagos (alguns já tinham lido o livro) a este autor que, como dizia o cartunista Solda, anda mais faceiro do que mosca em tampa de xarope.
A livraria estava florida de gente interessante. Muitos amigos hoje morando em BSB levaram seus afagos (alguns já tinham lido o livro) a este autor que, como dizia o cartunista Solda, anda mais faceiro do que mosca em tampa de xarope.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
SOLAR no programa do Jô
Gravação feita na tarde do dia 23.09.2011. Foi ao ar na Rede Globo na mesma noite:
http://youtu.be/L4HwBMHG96c
http://youtu.be/L4HwBMHG96c
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
SOLAR DA FOSSA em Sampa
SOLAR DA FOSSA em Curitiba
Oficina em Araçatuba
Uma platéia atenta e comprometida com o trabalho procurou a programação cultural do
SESC para discutir e exercitar coisas da escrita (redação). Falamos de métodos para ensinar literatura, ou seja, a indicação de bons autores e bons livros. A oficina, prevista para durar três horas, passou trinta minutos do horário por absoluto interesse das partes... Aconteceu no sábado, dia 13 de agosto.(foto de Graziela Nunes)
SESC para discutir e exercitar coisas da escrita (redação). Falamos de métodos para ensinar literatura, ou seja, a indicação de bons autores e bons livros. A oficina, prevista para durar três horas, passou trinta minutos do horário por absoluto interesse das partes... Aconteceu no sábado, dia 13 de agosto.(foto de Graziela Nunes)
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Lançamento SOLAR DA FOSSA
Aconteceu dia 2 de agosto, na livraria Argumento do Leblon. Os meninos fizeram o vídeo com um celular:
www.youtube.comsegunda-feira, 25 de julho de 2011
Convite - lançamento Solar
Se você não quiser ampliar para conferir o texto, saiba que a noite de autógrafos vai ser dia 2 de agosto na livraria Argumento, no Leblon. A partir das 19 horas.
domingo, 17 de julho de 2011
Reportagem do Estadão
Casa da mãe Jurema
Por Jotabe Medeiros
Vai para as livrarias Solar da Fossa, o livro que conta saga de pensão carioca onde fermentou, nos anos 60, o pop nacional.
De 1964 a 1971, uma pensão instalada num casarão de dois andares na Avenida Lauro Sodré, em Botafogo (onde hoje é o Shopping RioSul) abrigou a grande faísca da cultura pop brasileira. Ali viveram, em momentos simultâneos ou distintos, Gal Costa, Tim Maia, Paulo Coelho, Paulinho da Viola, Betty Faria, Antônio Pitanga, Zé Kétti, Guarabyra, Caetano Veloso, entre inúmeros outros.
Os de passagem eram igualmente famosos: o bailarino Lenny Dale, o escritor francês Jean Genet, o cantor Milton Nascimento, o ator José Wilker, o artista plástico Hélio Oiticica. Ali foram gestadas canções como Alegria Alegria, de Caetano Veloso, e Sinal Fechado, de Paulinho da Viola. O guitarrista dos Fevers e o policial do esquadrão da morte Mariel Mariscott exibiram sua batida (o primeiro) e suas correntes de ouro (o segundo).
"Curtíamos a falta de comida e a luta pelo sucesso", conta hoje a atriz Darlene Glória. O Solar da Fossa ficou para a cultura pop brasileira como o Chelsea Hotel para a cultura pop nova-iorquina (no lendário Chelsea viveram artistas como Patti Smith, Robert Mapplethorpe, Joni Mitchell, Janis Joplin, Jimi Hendrix, Leonard Cohen e outros). O problema é que a história do Solar esfarelou-se com sua demolição, em 1974.
Finalmente, chega às livrarias amanhã um volume que conta toda essa história, remontada pelo escritor curitibano Toninho Vaz (autor de O Bandido que Sabia Latim, biografia de Paulo Leminski). Solar da Fossa - Um Território de Liberdade, Impertinências, Ideias e Ousadias (Ed. Casa da Palavra) chega com um atraso de 3 anos - chegou a ser impresso na Ed. Record, mas um desacordo entre autor e editora melou a publicação.
Na pensão da sexy e misteriosa Dona Jurema, figura que excitava a imaginação dos moradores (e que é descrita por Caetano Veloso no livro Verdade Tropical), o mundo cultural brasileiro como o conhecemos hoje dividia cigarros e bebidas e sonhava com o futuro. Chico Buarque conheceu Marieta Severo ali naquele pátio. Caetano compôs ali sua primeira canção tropicalista, Paisagem Útil.
Solar da Fossa era o nome de "fantasia" do local, batizado pelo carnavalesco salgueirense Fernando Pamplona - que foi parar lá após separar-se da mulher. Seu verdadeiro nome era Pensão Santa Terezinha. O homem ia à Lua, vivia-se a Era de Aquarius, o AI-5 tolhia as liberdades políticas, Charles Manson assassinava Sharon Tate. No Solar, o clima era outro: solidariedade, parcerias artísticas, delírio, ritmo dionisíaco regado a uísque London Tower e conhaque Dreher. E galhofa. O compositor Guarabyra dedicou-se a usar seu gravador para registrar ruídos de uma transa do ator Antônio Pedro com a namorada, e cujo resultado foi exibido no Teatro Casa Grande.
Quase ninguém tinha carro, atravessava-se o Túnel Novo a pé; jogavam-se peladas no pátio, ensaiavam-se peças de teatro e musicais pelos quartos, escreviam-se romances que mudariam a história da literatura (foi lá que Paulo Leminski escreveu o seu famoso Catatau). "A média de idade no Solar devia ser de 23, 24 anos. Eu era dos mais jovens - 19 anos quando fui morar lá, em dezembro de 1967, depois de mais de um ano de flerte com o lugar", conta o escritor Ruy Castro.
"No meu apartamentinho no Solar da Fossa, comecei a compor uma canção que eu desejava que fosse fácil de apreender por parte dos espectadores e, ao mesmo tempo, caracterizasse de modo inequívoco a nova atitude que queríamos inaugurar", escreveu Caetano Veloso em suas memórias. "Tinha de ser uma marchinha alegre, de algum modo contaminada pelo pop internacional, e que trouxesse na letra algum toque crítico-amoroso sobre o mundo no qual esse pop se dava". E assim nasceu Alegria Alegria ("Mandei plantar/folhas de sonho no Jardim do Solar").
"O Solar tem um perfil mítico porque muito se fala dele e pouco se conhece. A maioria diz: Eu já ouvi falar!", conta o autor, Toninho Vaz. Ao contrário da tradição europeia e americana, que põe plaquinhas nos lugares onde a História se desenvolveu, do Solar - ficaria ali entre o Canecão, o Shopping e o túnel - não sobrou nem poeira. Vive só na memória dos que o habitaram. (continua abaixo)
-------
NASCIDAS NO SOLAR
Músicas compostas no local
- Cristina e Padre Cícero, de Tim Maia
- Alegria Alegria; Panis et Circenses e Paisagem Útil, de Caetano Veloso
- Quero voltar pra Bahia; Pingos de amor; Um chope pra distrair, de Paulo Diniz
- Roda Viva, o arranjo do MPB 4 para a música de Chico
- Sinal Fechado, Paulinho da Viola
- Stella, de Fabio
(O Estado de São Paulo – 7/07/2011)
Veja a reportagem completa no link:
http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,casa-da-mae-jurema,741468,0.htm
Por Jotabe Medeiros
Vai para as livrarias Solar da Fossa, o livro que conta saga de pensão carioca onde fermentou, nos anos 60, o pop nacional.
De 1964 a 1971, uma pensão instalada num casarão de dois andares na Avenida Lauro Sodré, em Botafogo (onde hoje é o Shopping RioSul) abrigou a grande faísca da cultura pop brasileira. Ali viveram, em momentos simultâneos ou distintos, Gal Costa, Tim Maia, Paulo Coelho, Paulinho da Viola, Betty Faria, Antônio Pitanga, Zé Kétti, Guarabyra, Caetano Veloso, entre inúmeros outros.
Os de passagem eram igualmente famosos: o bailarino Lenny Dale, o escritor francês Jean Genet, o cantor Milton Nascimento, o ator José Wilker, o artista plástico Hélio Oiticica. Ali foram gestadas canções como Alegria Alegria, de Caetano Veloso, e Sinal Fechado, de Paulinho da Viola. O guitarrista dos Fevers e o policial do esquadrão da morte Mariel Mariscott exibiram sua batida (o primeiro) e suas correntes de ouro (o segundo).
"Curtíamos a falta de comida e a luta pelo sucesso", conta hoje a atriz Darlene Glória. O Solar da Fossa ficou para a cultura pop brasileira como o Chelsea Hotel para a cultura pop nova-iorquina (no lendário Chelsea viveram artistas como Patti Smith, Robert Mapplethorpe, Joni Mitchell, Janis Joplin, Jimi Hendrix, Leonard Cohen e outros). O problema é que a história do Solar esfarelou-se com sua demolição, em 1974.
Finalmente, chega às livrarias amanhã um volume que conta toda essa história, remontada pelo escritor curitibano Toninho Vaz (autor de O Bandido que Sabia Latim, biografia de Paulo Leminski). Solar da Fossa - Um Território de Liberdade, Impertinências, Ideias e Ousadias (Ed. Casa da Palavra) chega com um atraso de 3 anos - chegou a ser impresso na Ed. Record, mas um desacordo entre autor e editora melou a publicação.
Na pensão da sexy e misteriosa Dona Jurema, figura que excitava a imaginação dos moradores (e que é descrita por Caetano Veloso no livro Verdade Tropical), o mundo cultural brasileiro como o conhecemos hoje dividia cigarros e bebidas e sonhava com o futuro. Chico Buarque conheceu Marieta Severo ali naquele pátio. Caetano compôs ali sua primeira canção tropicalista, Paisagem Útil.
Solar da Fossa era o nome de "fantasia" do local, batizado pelo carnavalesco salgueirense Fernando Pamplona - que foi parar lá após separar-se da mulher. Seu verdadeiro nome era Pensão Santa Terezinha. O homem ia à Lua, vivia-se a Era de Aquarius, o AI-5 tolhia as liberdades políticas, Charles Manson assassinava Sharon Tate. No Solar, o clima era outro: solidariedade, parcerias artísticas, delírio, ritmo dionisíaco regado a uísque London Tower e conhaque Dreher. E galhofa. O compositor Guarabyra dedicou-se a usar seu gravador para registrar ruídos de uma transa do ator Antônio Pedro com a namorada, e cujo resultado foi exibido no Teatro Casa Grande.
Quase ninguém tinha carro, atravessava-se o Túnel Novo a pé; jogavam-se peladas no pátio, ensaiavam-se peças de teatro e musicais pelos quartos, escreviam-se romances que mudariam a história da literatura (foi lá que Paulo Leminski escreveu o seu famoso Catatau). "A média de idade no Solar devia ser de 23, 24 anos. Eu era dos mais jovens - 19 anos quando fui morar lá, em dezembro de 1967, depois de mais de um ano de flerte com o lugar", conta o escritor Ruy Castro.
"No meu apartamentinho no Solar da Fossa, comecei a compor uma canção que eu desejava que fosse fácil de apreender por parte dos espectadores e, ao mesmo tempo, caracterizasse de modo inequívoco a nova atitude que queríamos inaugurar", escreveu Caetano Veloso em suas memórias. "Tinha de ser uma marchinha alegre, de algum modo contaminada pelo pop internacional, e que trouxesse na letra algum toque crítico-amoroso sobre o mundo no qual esse pop se dava". E assim nasceu Alegria Alegria ("Mandei plantar/folhas de sonho no Jardim do Solar").
"O Solar tem um perfil mítico porque muito se fala dele e pouco se conhece. A maioria diz: Eu já ouvi falar!", conta o autor, Toninho Vaz. Ao contrário da tradição europeia e americana, que põe plaquinhas nos lugares onde a História se desenvolveu, do Solar - ficaria ali entre o Canecão, o Shopping e o túnel - não sobrou nem poeira. Vive só na memória dos que o habitaram. (continua abaixo)
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NASCIDAS NO SOLAR
Músicas compostas no local
- Cristina e Padre Cícero, de Tim Maia
- Alegria Alegria; Panis et Circenses e Paisagem Útil, de Caetano Veloso
- Quero voltar pra Bahia; Pingos de amor; Um chope pra distrair, de Paulo Diniz
- Roda Viva, o arranjo do MPB 4 para a música de Chico
- Sinal Fechado, Paulinho da Viola
- Stella, de Fabio
(O Estado de São Paulo – 7/07/2011)
Veja a reportagem completa no link:
http://www.estadao.com.br/noti
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Berço das estrelas

Depois de quase três anos de espera (atraso provocado pelo trâmite judicial, inclusive), chega às livrarias nesta sexta-feira o meu novo livro, batizado de SOLAR DA FOSSA - um território de liberdade, impertinências, ideias e ousadias. Prefácio de Ruy Castro. Projeto gráfico e capa de Rafael Nobre. Editora Casa da Palavra/LeYa. 257 páginas. (veja também no link da editora: http://issuu.com/casadapalavra/docs/newsletter_julho )
terça-feira, 3 de maio de 2011
Reproduzo aqui, ilustrada com uma foto da pedreira Leminski em Curitiba, a entrevista feita comigo por um jornalista curitibano sobre o lançamento do livro de memórias de Jaime Lerner.
Arquitetando memórias
O que é ser urbanista – ou arquiteto de cidades –, obra organizada pelo jornalista e escritor curitibano Toninho Vaz, foi escrita a partir de três entrevistas concedidas por Jaime Lerner nos últimos anos. Reconhecido internacionalmente por sua inovação no plano arquitetônico de Curitiba – o arquiteto e urbanista Jaime Lerner, 74, prefeito da capital paranaense por três vezes e governador do estado do Paraná por outras duas - chamado pelo jornal britânico ‘Guardian’ de Revolucionário verde - ganha um livro com 125 páginas, que reúne suas memórias pessoais, profissionais e políticas em biografia lançada na primeira semana de abril pela editora Record.
Arquitetando memórias
O jornalista Toninho Vaz emplaca seu sétimo livro ao organizar as memórias de seu conterrâneo, o arquiteto, urbanista e político Jaime Lerner.
Por Felipe Pamplona
Antônio Carlos Vaz, 63, como é apresentado neste livro de memórias, é jornalista desde 1969; trabalhou nos principais veículos da grande imprensa carioca e paulistana: Rede Globo, TV Bandeirantes, SBT, Jornal do Brasil, O Globo, Revista Manchete e Istoé.
O jornalista chega à sua sétima publicação; dentre os livros do autor, destacam-se as biografias dos poetas Paulo Leminiski e Torquato Neto e do antropólogo Darcy Ribeiro.1) A Editora Record está lançando a sua mais recente biografia – O que é ser urbanista (ou arquiteto de cidades) – de Jaime Lerner, que segundo afirma em seu blog é o resultado de três grandes entrevistas com o ex-prefeito de Curitiba. Como se deu o processo de registro das memórias profissionais de Lerner ?
Toninho Vaz – Este livro não pode ser considerado uma biografia feita por mim. Na verdade, são as memórias do urbanista Jaime Lerner, do ponto de vista profissional e um pouco mais. Seria mais adequado chamar de autobiografia do Lerner. Eu gravei os depoimentos e depois editei as falas para aglutiná-las por temas. Não fiz muito, apenas ajudei a dar uma forma interessante aos pensamentos e memórias do Jaime. Em jornalismo chamamos de copydesk ou texto final.2) É sabido que o senhor é curitibano assim como Paulo Leminski, um dentre seus biografados, e, agora, Jaime Lerner. A ideia de escrever algo sobre a notoriedade de ambos surgiu a partir de alguma amizade ou identificação?
TV - Este raciocínio vale para a biografia do Leminski, que foi uma iniciativa minha. No caso do Jaime, foi um convite da editora que já desenvolvia uma coleção com este perfil, digamos, profissional.3) Há algum outro paranaense sobre o qual gostaria de escrever?
TV - Nada me ocorre. Não que me falte admiração por alguns conterrâneos, pelo contrário, mas não vou me aventurar em terreno que não me pertence. Mas gostaria de saber mais sobre Bakun e Wilson Bueno, por exemplo.4) Qual o maior desafio ao escrever biografias nestas circunstâncias, ou seja, um personagem já falecido e outro vivo?
TV – O desafio foi o mesmo em ambos os casos: conseguir o equilíbrio necessário para “encontrar” o tônus de cada personagem. No caso do Leminski, como ele era meu amigo próximo, senti mais segurança neste aspecto.5) Se fosse para ter sua biografia escrita por alguém, quem seria?
TV – Ruy Castro, um craque.6) Ruy Castro notabilizou-se como grande biógrafo, alcançando vendas e premiações expressivas de suas principais obras - a Bossa Nova, Nelson Rodrigues, Garrincha e Carmem Miranda. Castro diz acreditar que o trabalho da biografia fica comprometido quando se escreve sobre alguém vivo. O senhor viveu os dois lados: escreveu sobre pessoas mortas e vivas. Há alguma diferença?
TV – Não considero a livro do Jaime uma biografia, como já disse. Não existe muita pesquisa minha no texto, mas a abundante memória dele, que guarda detalhes até mesmo da infância. Concordo com o Ruy sobre escrever biografia sobre gente viva: fica esquisito.7) Parafraseando o título do livro: o que é ser biógrafo?
TV – Ser biógrafo é pesquisar o suficiente – ouvindo várias fontes – a vida de uma pessoa e depois descrevê-la numa grande reportagem mono temática, bem desenvolvida e equilibrada.segunda-feira, 25 de abril de 2011
domingo, 3 de abril de 2011
Memórias: Jaime Lerner

terça-feira, 29 de março de 2011
Em nome do verbo

domingo, 20 de março de 2011
Fusion, not confusion

O leitor tem em mãos o livro de estreia de Rodrigo Acras, que durante o processo de criação era chamado carinhosamente pelo autor de Confusão, nome do blog onde se originou a ideia. Porém, acredite, não há nenhuma confusão nestas páginas – e sim muitas agradáveis surpresas.
Surpresa por se tratar de um autor iniciante e cuja profissão (engenheiro eletrônico), em tese, não o aproxima do mundo da literatura.
Surpresa também nas várias histórias catalogadas de maneira esquemática a partir da criação: As imaginadas, As observadas, As vividas, etc...
Surpresas que continuam nas narrativas, de onde surge um texto criativo, certeiro e maduro – elementos suficientes para fazer de Uvas do tamanho de dedos e outras histórias um livro “surpresa” também para o leitor.
Toninho Vaz
domingo, 13 de março de 2011
Memória analógica VIII

domingo, 6 de março de 2011
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
No Estadão, a repercussão

O repórter Jotabe Medeiros, do Estado de São Paulo, se ligou nas denúncias sobre a casa de Darcy Ribeiro em Maricá (tema dos posts abaixo) e publicou matéria na edição de hoje, 24 de fevereiro, Caderno 2. Veja o link:
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110226/not_imp684718,0.php
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Casa Darcy – Niemeyer (Hoje)


A denúncia feita nesse blog de que a casa projetada por Niemeyer para Darcy Ribeiro, em Maricá, estava desabando, deu resultado. Além da revista d´O Globo, que fez matéria no domingo, 13, com o sugestivo título “Esqueceram de mim”, o jornalismo da TV Record também se interessou pelo assunto. Eles me levaram hoje até a praia do Cordeirinho, onde está o que sobrou da casa, para gravar depoimento que vai ao ar amanhã, terça, no Jornal da Record, 20,30 h. A Prefeitura também se explica. O trabalho foi da repórter Cristiana Gomes.
A informação correta: a casa agora pertence à prefeitura de Maricá que, por um processo de desapropriação, pagou à cunhada de Darcy (Jacy Ribeiro) a quantia de 140 mil reais. E deve ser transformada na Casa do Professor, projeto sob a responsabilidade da Secretaria de Educação do município, que promete acelerar as obras de restauração do mimo. Para saber mais, leia o texto que vem embaixo.
A informação correta: a casa agora pertence à prefeitura de Maricá que, por um processo de desapropriação, pagou à cunhada de Darcy (Jacy Ribeiro) a quantia de 140 mil reais. E deve ser transformada na Casa do Professor, projeto sob a responsabilidade da Secretaria de Educação do município, que promete acelerar as obras de restauração do mimo. Para saber mais, leia o texto que vem embaixo.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Casa Darcy-Niemeyer




para o acervo Niemeyer
Aconteceu dois anos seguidos, acho que 1989 e 90. Naná e eu juntamos as crianças e o cachorro e fomos passar um mês na casa de praia de Darcy Ribeiro, em Maricá. Em pleno verão. Ele preveniu: “Deixei separados na adega os vinhos que você PODE beber. Os outros são sagrados”. Ficou combinado que ele apareceria num final de semana para um almoço típico praieiro. (E isso aconteceu num domingo, quando ele apareceu com Tikuka Yamazaki para aproveitar a moqueca.)
Afinal, estávamos em frente ao mar, numa pequena e maravilhosa casa concebida pelo gênio de Oscar Niemeyer, que desenhou uma oca cortada ao meio e voltada para o mar, projeto redondo como a piscina que completava o círculo da construção. Em cada extremidade do semicírculo, uma entrada ampla de ventilação, formando um corredor até atingir o outro extremo, onde estava a cozinha, passando por dois quartos e uma sala. Toda branca, caiada. (Veja no desenho tosco que acabei de fazer com o mouse).
Afinal, estávamos em frente ao mar, numa pequena e maravilhosa casa concebida pelo gênio de Oscar Niemeyer, que desenhou uma oca cortada ao meio e voltada para o mar, projeto redondo como a piscina que completava o círculo da construção. Em cada extremidade do semicírculo, uma entrada ampla de ventilação, formando um corredor até atingir o outro extremo, onde estava a cozinha, passando por dois quartos e uma sala. Toda branca, caiada. (Veja no desenho tosco que acabei de fazer com o mouse).
Durante o dia, calor de rachar, à noite uma coberta para se proteger do frio provocado pela ventilação natural. Se o vento estava incomodando, bastava fechar uma porta como se fosse uma eclusa. A mesa de refeições ficava no lado de fora, ligada com a cozinha por uma janelinha na parede. Coisa de gênio.
Pois bem, a foto que ilustra esta crônica foi feita num domingo, logo após uma moqueca que preparei com gosto para o Darcy, na qual derrubamos três garrafas de vinho e fizemos um recital de poesia.
Ele se preparava para ir a Curitiba lançar o livro Confissões, sua autobiografia, e fez a convocatória olhando para mim: “Você, jornalista curitibano, vai na frente preparar a minha chegada. Vamos tentar criar uma agenda de encontros com a imprensa”.
E assim foi. Uma semana depois deste domingo, eu seguia para Curitiba, onde fizemos uma bela festa na enorme livraria Ghignone que existia na Praça Osório. Quando chegou ao mezanino, no alto da escada, Darcy falou para o atento José Ghignone, o livreiro, quase em clima de conspiração, olhando uma pequena multidão logo embaixo: “Lugar bom para se fazer um discurso”.
E Darcy falava para quem queria ouvir: “As elites brasileiras são cruéis, elas asfixiam as massas mantendo-as na escuridão da ignorância. As escolas não cumprem com o papel de educar e preparar os meninos do Brasil. Só vamos acabar com a violência quando resolvermos a questão da Educação”.
Parece que foi ontem.
Isto tudo para dizer que a casa, que nunca foi considerada parte do acervo do Niemeyer, está se acabando à beira mar, abandonada e sem manutenção. Uma jóia.
Toninho Vaz
Pois bem, a foto que ilustra esta crônica foi feita num domingo, logo após uma moqueca que preparei com gosto para o Darcy, na qual derrubamos três garrafas de vinho e fizemos um recital de poesia.
Ele se preparava para ir a Curitiba lançar o livro Confissões, sua autobiografia, e fez a convocatória olhando para mim: “Você, jornalista curitibano, vai na frente preparar a minha chegada. Vamos tentar criar uma agenda de encontros com a imprensa”.
E assim foi. Uma semana depois deste domingo, eu seguia para Curitiba, onde fizemos uma bela festa na enorme livraria Ghignone que existia na Praça Osório. Quando chegou ao mezanino, no alto da escada, Darcy falou para o atento José Ghignone, o livreiro, quase em clima de conspiração, olhando uma pequena multidão logo embaixo: “Lugar bom para se fazer um discurso”.
E Darcy falava para quem queria ouvir: “As elites brasileiras são cruéis, elas asfixiam as massas mantendo-as na escuridão da ignorância. As escolas não cumprem com o papel de educar e preparar os meninos do Brasil. Só vamos acabar com a violência quando resolvermos a questão da Educação”.
Parece que foi ontem.
Isto tudo para dizer que a casa, que nunca foi considerada parte do acervo do Niemeyer, está se acabando à beira mar, abandonada e sem manutenção. Uma jóia.
Toninho Vaz
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Memória analógica VII
A foto, com a assinatura do (eterno) cinegrafista José de Arimatéia, registra a gravação (entrevista/bate papo) que o Paulinho fez com o seu convidado, Martinho da Vila Isabel. Foi no salão vazio de um antigo restaurante do Leblon. Tá fazendo exatamente 20 anos, no dia 11.
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