domingo, 21 de março de 2010

Castro - como foi

Na oficina onde predominavam as professoras das escolas municipais. Foto de Ana Barrios.

Palestra no Teatro Bento Mossurunga. Foto Karina Marques.



Alunos da oficina sobre Leminski. Na primeira fila, os amigos Ana Barrios (fotógrafa), Jaime Lechinski e Leila Pugnaloni, de Curitiba. Foto Karina Marques.



Primeira consideração a respeito da viagem: Castro, a 160 km de Curitiba, é uma cidade mimosa, graciosa, dengosa... Traz na sua história uma saga de etnias múltiplas, formada por holandeses, alemães e italianos... Estava na rota dos tropeiros. Tudo com muita ordem e progresso.


A idéia de agora nasceu da artista plástica Karina Marques (da Secretaria de Cultura) que certo dia acordou predisposta a homenagear a poesia de Paulo Leminski, o Polaco. E pôs-se a trabalhar neste sentido, comprometendo prefeito, secretário, biógrafo, alunos, professoras, amigos...
Tudo aconteceu na semana em que Castro – considerada a cidade mãe do Paraná – comemorava 306 anos de existência. (Enquanto Curitiba ainda era uma comarca de SP, Castro seria a primeira cidade do novo Estado).


O evento foi um sucesso que atraiu até mesmo pessoas (sensíveis) das cidades vizinhas, Ponta Grossa e Carambeí, que compareceram com seus poetas e agentes (informais) de cultura.
De minha parte, fiz uma palestra matinal no histórico Teatro Bento Mossurunga, na praça central, para cerca de cem pessoas interessadas no assunto. Participação especial do ator Ariano na leitura de poemas de P. Leminski.

À tarde, na Oficina que investigava as raízes culturais e literária do poeta do Pilarzinho, havia 43 alunos na sala de aula do antigo colégio Vicente Machado, atual Secretaria de Cultura. Durante três horas fizemos uma devassa no Paideuma leminskiano.


À noite, no restaurante Morro do Cristo, um encontro lúdico em torno dos meus livros e de pratos típicos da região, a culinária do tropeiro.

Ainda tivemos tempo suficiente para conhecer a fabulosa gráfica (na verdade, um museu) de Carlito Kluger, quase artesanal, com eficientes rotativas alemãs das indústrias Heidelberg – algumas do século 18.
Castro, às margens do rio Yapó, nos belos Campos Geraes, foi mais uma raiz descortinada da minha história ancestral. E além.



Toninho Vaz, de volta a Santa Teresa

quinta-feira, 11 de março de 2010

Dois poemas para Castro

(se quiser pode ler mais embaixo os motivos...)

esta cidade
guarda segredos de mim
metade floresta
metade jardim.
perfume floral
na brisa de março
- 306 anos em Castro


--o--

(que os anjos me carreguem)


sacola de nuvens
repleta de astros
flores silvestres
estrelas sucessivas
no luar de Castro

Toninho Vaz

sexta-feira, 5 de março de 2010

Clique para ampliar. Flyer by Paulo Brasil (Presidente Prudente)