domingo, 18 de novembro de 2012

Casas do Oscar

 
Minha convivência com Darcy Ribeiro e as temporadas de verão na casa dele em Maricá, me fizeram de cicerone para o programa Casa Brasileira, do GNT, que vai homenagear o genial Oscar Niemeyer. A casa - um mimo de brancura mediterrânea - foi projetada redonda como uma oca, alusão aos anos de convivência do Darcy com as tribos amazônicas. Fica em frente ao mar..
O programa Casa Brasileira, dirigido com sensibilidade por Alberto Renault, está previsto para ir ao ar no dia 15 de dezembro de 2012, quando Oscar completa 105 anos. Fotos de Renato.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

No jornal Cândido

(clique na imagem para ampliar) 

O jornal cultural Cândido, editado pela Biblioteca do Paraná, quis saber da minha biblioteca afetiva, os livros que marcaram a minha vida de leitor.

domingo, 21 de outubro de 2012

Vidas nas páginas


A revista de cultura Metáfora, editada em São Paulo, publica na edição no. 13 uma reportagem polêmica: Biografias na mira, “o desafio de escrever sobre vidas e personalidades num país em que contar a história dos outros pode virar caso de Justiça”. A reportagem, assinada por Fabio Fujita, registra a opinião de alguns biógrafos brasileiros em atividade: Ruy Castro (Nelson Rodrigues, Garrincha), Regina Echeverria (Elis Regina), João Máximo (Noel Rosa), Paulo Cesar de Araújo (Roberto Carlos) e Toninho Vaz (Paulo Leminski, Torquato Neto e Edwiges. a santa libertária).

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Poesia em Bento: como foi



                              (click na foto para ampliar)

As fotos de Jiddu Saldanha mostram aspectos do XX Congresso Brasileiro de Poesia, realizado em Bento Gonçalves (RS) de 24 a 29 de setembro. A foto do meio registra minha palestra no auditório da Casa das Artes. Foi uma rica experiência, onde pude apresentar uma abordagem nova: "A Poesia Rebelde de Leminski e Torquato Neto". Com o auxilio do provocador Ronaldo Werneck, poeta mineiro de Cataguases. Não defendo tese e nem faço comparações, apenas destaco a similaridade de seus gestos, a rebeldia poética, a inquietude e o trem de vida que, em ambos, passou zunindo pela estação. (Leminski e Torquato nasceram no mesmo ano, 1944, e morreram precocemente, sendo que, no caso do Torquato, muito precocemente, aos 28 anos).  

Sobrou tempo para fazer outras quatro palestras para estudantes em bibliotecas e salas de aula. E uma concorrida tarde de autógrafos de SOLAR DA FOSSA na livraria Aquarela. Na foto de baixo, de Déia Motta, eu apareço ao lado de Ademir Bacca, coordenador geral do Congresso. 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Próxima parada: Bento Gonçalves

Vou fazer palestra e lançamento de livro no XX Congresso Brasileiro de Poesia, de 24 a 29 de setembro.

Mais informações e programação oficial, no blog: http://poebras.blogspot.com.br/

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Este flyer é uma criação do curitibano Solda, a quem carinhosamente eu chamo de sócio. Clique na imagem para ampliar.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Portal da Saraiva: Solar da Fossa

  Entrevista publicada pelo portal Saraiva/conteúdo sobre o Solar da Fossa, saudando a 2a. edição do livro. Trabalho da repórter Daniela Guedes, que pode ser acompanhado também no link:  http://www.saraivaconteudo.com.br/Materias/Post/46001

1-     Como surgiu a ideia de retratar a estória do Solar da Fossa?

TV – Estive no Rio em 1970 e pude sentir a importância do Solar na vida de muitos amigos, incluindo os escritores Paulo Leminski e Wilson Bueno, que moravam lá. A pensão sempre esteve ligada a boas histórias envolvendo uma boa camada da nossa cultura, naqueles anos. Como diz o Guarabyra, o livro Solar da Fossa revela o DNA da cultura brasileira contemporânea.

2-     Você chegou a frequentar o Solar da Fossa?

TV – Não, apenas conheci o casarão de fora, passando pela porta, um ano antes da demolição, mas a pensão ainda funcionava.                                                                                                                                    

3-     Conte-nos o porquê do nome Solar da Fossa.

TV – O nome surgiu da cabeça de um veterano, o carnavalesco Fernando Pamplona, do Salgueiro, que tinha sido colocado pra fora de casa pela mulher. Ele estava separando e foi morar na pensão Santa Teresinha. Quando concedeu uma entrevista para um jornal, falando do carnaval que se aproximava, ele explicou que estava curtindo uma fossa naquele Solar. A expressão estava no jornal no dia seguinte: Solar da Fossa.

4-     Em sua opinião, o que existia naquele lugar para ser tão procurado e freqüentado por tanta gente boa e talentosa?

TV – Foi uma feliz coincidência que gerou o fenômeno embalado nos anos rebeldes, os anos 60. Os jovens queriam deixar a casa dos seus pais para fazer música ou política estudantil e, em muitos casos, as duas coisas. O serviço oferecido pela pensão prenunciava as ofertas de um Apart hotel, com faxina diária e troca semanal de roupa de cama, desde que o pagamento fosse adiantado – o que desobrigava a existência de um fiador, um avalista. Era muito prático para quem podia pagar. A descoberta da pensão pela turma do Teatro Jovem, no Mourisco, gerou um interesse coletivo de músicos e artistas, que foi se alastrando... A palavra liberdade estava no centro dos interesses.

6-De todas as histórias que você ouviu e relatou em Solar da Fossa, qual foi a que você achou mais interessante?

TV – Difícil destacar uma história apenas, mas gosto da molecagem do Guarabyra, gravando os ruídos do amor do vizinho mais próximo e depois reproduzindo em alto e bom som no Teatro Casa Grande; da presença forte e adulta da Maura Lopes Cançado, pessoa trágica que escreveu um livro no manicômio: Hospício é Deus. As criações musicais de Paulinho da Viola, Caetano, Naná Vasconcelos, MPB4. Tim Maia... um punhado de boas memórias musicais. Como sou biógrafo de Leminski e Torquato Neto, dediquei atenção especial à passagem deles pelo Solar – o que também rendeu boas histórias.

7-Naquela época, que outros locais também atraiam a contracultura brasileira? Algum destes poderia ser comparado ao Solar?

TV – Bem, em outra escala, havia o Beco das Garrafas, em Copacabana; o trecho da praia conhecido como Dunas da Gal ou Pier de Ipanema. Mas nada comparado com a mística do Solar da Fossa, que abrigou uma média de mil moradores durante os oito anos de existência da pensão: 1964-1971.

8-O local era bem ao estilo sexo, drogas e rock and roll? Dá pra contar um “causo” legal?

TV – No início não havia muitas drogas, que se resumiam às bolinhas de anfetamina e conhaque Dreher. Depois apareceu a maconha e, no final, LSD. Nada de cocaína ainda. O sexo era bem praticado e o rock and roll dividia os holofotes com a MPB clássica. Eu gosto do episódio em que o Paulinho da Viola mostra a letra de uma música que tinha acabado de escrever. Quem viu não gostou e fez o comentário: “Não dá samba”. No dia seguinte, quando ouviu com música, a mesma pessoa adorou. Era Sinal Fechado, com ares de nova poesia, que logo estaria liderando as paradas de sucesso.

9- Podemos considerá-lo um saudosista? Existe algo em que o mundo naquele tempo tenha sido melhor do que hoje?

TV – Não me vejo como um saudosista clássico. Minha tarefa, enquanto jornalista, tem sido chamar atenção para o que de melhor minha geração produziu. Sou biógrafo de Leminski e Torquato por achar que eles representam a produção poética mais interessante e inquieta dos anos 60, com qualidade. O mesmo acontece com o Solar da Fossa, que foi um espetacular acontecimento cultural, surgido de forma espontânea e, portanto, merece registro. Agora, o fato de eu ser testemunha das rebeldias dos anos 60, da explosão da juventude e dos meios de comunicação, sim, me torna um espectador privilegiado, pois tudo era inaugural e magnânimo.

10- Pela estória transposta para o livro, você acabou tendo um contato muito intenso com aquelas personagens e o próprio local dos acontecimentos. Qual o tamanho da importância dessa experiência para você, enquanto escritor, jornalista?

TV – De muitos personagens do Solar eu já era amigo antes de entrevistá-los. É o caso dos curitibanos Leminski, Wilson Bueno, Adelson Alves e Marcelo Baraúna. Sou amigo da Maria Gladys há muito tempo, o mesmo posso dizer de Sá e Guarabyra e de Carlos Marques, outro personagem polêmico do livro. Me aprofundar nas histórias e na produção cultural deste período foi como ter aula viva sobre cultura pop, com direito a uma trilha sonora espetacular.

11-Em determinado momento o Solar passou a ser considerado como um estilo de vida, uma filosofia, como você analisa este fato?

TV – Um estilo de vida. É o que resultou da experiência que reuniu a nata da criação e do pensamento contemporâneo brasileiro. Havia charme na postura rebelde em contraponto às autoridades do governo ditatorial. Vale lembrar que a arte refletia a sua porção mais colorida, o fator psicodélico. No Solar tinha de tudo, até circo, no caso o Grande Circo Romano.

12-Você encontrou algum tipo de dificuldade na preparação deste livro?

TV – Nenhuma dificuldade, pelo contrário, pois a maioria dos moradores da pensão ainda está viva. Poucos se foram: Zé Keti, Zé Rodrix, Leminski, Bueno, Maura Lopes, Tânia Scher...

13- Além das biografias do Paulo Leminski e Torquato Neto. Você já tem algum novo projeto biográfico em curso?

TV – Sim, mas por enquanto não posso revelar, pois a pauta futura é segredo editorial. As boas ideias estão escassas... rs.

14- Algumas histórias de alguns lugares emblemáticos, como o Minhocão, em São Paulo e o Edifício Master, no Rio de Janeiro, já viraram filmes. Não pensa em contar a história do Solar no cinema?

TV – O jornalista Luis Carlos Cabral, que eu conheci na TV Globo, está iniciando a produção de um documentário.  Como eu já disse, o bom é que quase todos os personagens estão vivos para recontar a história e facilitar o trabalho dele.

15-Você começou a se interessar por jornalismo ainda muito jovem. A literatura teve um papel importante neste processo?

TV – Sim, eu tenho que dizer que conhecer Paulo Leminski, quando eu tinha 22 anos, foi fundamental. O poeta curitibano me despertou o interesse pelas letras, pelos livros, pela literatura. Eu costumo dizer que antes de conhecer o Paulo eu era um sujeito tacanho. Depois, engatei uma segunda, terceira e... fui sozinho.

16-Quais são as suas principais referências literárias?

TV – Senti o impacto das primeiras leituras em Dostoiévski, Flaubert, Conrad, Mario de Andrade e Oscar Wilde. Mas o primeiro livro que me marcou foi Cazuza, de Viriato Correia, quando eu tinha 14 anos.

17-Em Solar da Fossa, você diz que naquele tempo, anos 70, havia uma ideologia na juventude, quando ela se posicionava como “uma força ativa na vida e na construção do país”. Diante disso, é possível pensar ainda em um resgate desta ideologia?

TV – Os tempos são outros. Os novos tempos não comportam mais romantismos e ludo-ludo, ou seja, o jogo não-eletrônico da vida; a automação está tomando conta do cotidiano.  O mundo está globalizado, para o que há de bom ou ruim nisso. Para salvarmos a própria vida temos que antes salvar o planeta.

domingo, 3 de junho de 2012

Em maio estive em SP no programa EM CARTAZ, do agradável Atílio Bari. Falamos sobre o Solar da Fossa. Veja a entrevista na íntegra no link abaixo da foto (meramente ilustrativa):

http://www.youtube.com/watch?v=3PVuXl-Au8w

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Memória analógica X

Na minha curta passagem pela TV Globo, em NY, nos anos 90, tive meia dúzia de boas conversas com o Francis na redação. Numa delas, aproveitando o meu pedido de sugestão para uma viagem curta, de cinco dias, na costa leste, ele me fez duas indicações: “Para encontrar paisagens tipicamente americanas você deve ir à Virgínia do Norte ou ao Maine, quase na fronteira com o Canadá, onde tem belos rios. Se prestar atenção, vai poder ouvir o barulho das canoas dos índios descendo a corredeira”.  Ele emendou: "Quer conhecer a Bidu Sayão?".
Escolhi o Maine mas não me encontrei com a cantora, que estava com a saúde abalada naqueles dias. Foto de Hélio Alvarez.




quinta-feira, 29 de março de 2012

Solar em Floripa - como foi


Uma platéia simpática e participativa animou o lançamento de SOLAR DA FOSSA na Fundação Cultural Badesc. Foi um privilégio ter Guarabyra (personagem do livro) e o talentoso Luiz Meira (guitarrista do primeiro time) apresentando um pocket show com músicas compostas na pensão Santa Teresinha: Alegria Alegria, Roda Viva.... Casa cheia e bom astral. (Colaboraram para isso: Vinicius Alves, Mary Garcia, da Fundação Catarinense de Cultura,  e  Videoteca).
 Fotos de Vinicius Alves.

terça-feira, 6 de março de 2012

Floripa, 21 de março

Convite oficial do lançamento em Florianópolis. Trabalho da editora Casa da Palavra. Dois cliques na imagem para  ampliar e ler os detalhes.

sexta-feira, 2 de março de 2012