sábado, 31 de dezembro de 2011

2a. edição

Cinco meses após o lançamento, a editora Casa da Palavra está colocando nas livrarias
a 2a. edição do livro SOLAR DA FOSSA. Vem revisada e atualizada.

domingo, 27 de novembro de 2011

Primavera dos livros - como foi

Foi tudo super no bate-papo sobre o poeta Paulo Leminski nos jardins do museu. Estive na mesa com Álvaro Marins (ele organizou com Fred Goes uma edição de poemas do Paulo, nos anos 80), Celina Portocarrero (mediadora), Solange Rebuzzi (defendeu tese de mestrado sobre a poética de Leminski) e Estrela Leminski. E o garçom, é claro! Vocês não podem ver, mas a platéia estava salpicada de milagres. Na foto de Naná. 

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A primavera dos livros

Recebi convite da curadoria e aceitei participar da 11ª. Primavera dos Livros que vai acontecer de 24 a 27 deste mês nos jardins do Museu da República (Palácio do Catete). Vou participar de uma mesa de debate sobre a vida e a obra de Paulo Leminski, o poeta da Cruz do Pilarzinho. Não vou estar só, mas ainda não foram confirmados os outros participantes. Quem promove é a Libre – Liga Brasileira de Editoras. (O bom desta feira é que os livros são vendidos com 40% de descontos e, para professores, com 50%.). Na foto de Américo Vermelho, Leminski na casa do Pilarzinho.

sábado, 5 de novembro de 2011

Solar na BN

A revista de História da Biblioteca Nacional comentou o lançamento de Solar da Fossa (Casa da Palavra) em sua edição 73, novembro. Conferiu ao livro de investigação cultural a sua cotação máxima, considerando-o "altamente recomendável". Resenha assinada por Gefferson Rodrigues. Para ler na íntegra, dê um clic na imagem para ampliar.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Memória analógica IX



Bilhete que encontrei em meio às tralhas e papéis. Foi enviado de Curitiba para o Rio, anos 70. Vinha assinado pelo poeta Paulo Leminski (que me chamava de Martins – portanto, Marta é uma curruptela para me zoar) e faz referência ao jornal Raposa editado pelo mestre da arte gráfica, Miran. Ao lado, à esquerda, um texto transverso que me permito ajudar na leitura: "Alô gordinho sensual, estou indo p/S.Paulo na proxima semana. meu tel é 549.2038. aquele abraço, Jack Pires (fotógrafo paulista que deixava Curitiba onde trabalhou durante anos. O Jack faleceu logo depois.). Os missivistas estavam se divertindo no botequim Bife Sujo, nosso QG em Curitiba. Minhas memórias analógicas.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

SOLAR na Estação

Foi animado o sábado na Estação das Letras, em Botafogo, para tratar de assuntos do Solar da Fossa. Um buquê de amigos novos e antigos. A foto é de Chiquito Chaves.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Próxima Estação

No sábado, 29 de outubro, estarei conduzindo conversa informal sobre o livro Solar da Fossa (Casa da Palavra) no evento Livros na Mesa, na Estação das Letras, no Flamengo. Traga um livro que você já leu e troque por um inédito que alguém vai trazer. Vai ser sábado, 29, a partir das 15 horas. Informações: 21 – 3237-3947.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

SOLAR na ESPN

Recebido pelo apresentador Dudu e pelo editor José Trajano participei do programa Pontapé Inicial, atração matinal no canal esportivo. A emissora inaugurava seus novos estúdios cariocas, em Botafogo, e preparou um programa muito bem ilustrado, com fotos e referêcias aos ex-moradores do Solar. Fiquei muito à vontade, entre amigos.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Solar da Fossa

Entrevistado por Leila Richers no programa Cidade de Leitores, do canal Multirio, pude falar do lançamento do Solar da Fossa e de outros livros. Agosto 2011. Foto de Júlio dos Anjos

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Anjos tortos

Luiz Carlos Maciel, Mônica Ramalho (mediadora), Fred Coelho e Toninho Vaz. Foto Débora Amorim

Em Brasília, antes do lançamento do Solar da Fossa, no CCBB, participei de uma rodada de conversa denominada Anjos tortos, a MPB gauche na vida, uma homenagem a seis talentos digamos, esquisitos: Wilson Simonal, Raul Seixas, Waly Salomão, Sérgio Sampaio, Torquato Neto e Itamar Assumpção. O evento começou no dia 15 e segue até outubro, sempre nos finais de semana.
Na abertura, fizemos um painel da contracultura no Brasil, notadamente nos anos 60/70, discutindo o papel dos anjos tortos neste contexto.
Mais sobre o evento: www.anjostortos.com.br

SOLAR em Brasília


Mais um lançamento capaz de mexer com as minhas emoções. Foi na livraria Dom Quixote, no belíssimo CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), dia 15 de setembro. Alguns personagem do livro, ex-moradores do Solar da Fossa, apareceram para dar brilho à noite: o senador Cristovam Buarque (foi o entrevistado no. 100, o último) e o jornalista  pernambucano Carlos Marques (esteve também no lançamento carioca, na Argumento). A azeitona no meu drink foi o guru de todos nós, Luiz Carlos Maciel (na primeira foto), que frequentou bastante a pensão, embora não fosse morador.

A livraria estava florida de gente interessante. Muitos amigos hoje morando em BSB levaram seus afagos (alguns já tinham lido o livro) a este autor que, como dizia o cartunista Solda, anda mais faceiro do que mosca em tampa de xarope.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

SOLAR no Almanaque


Foi assim no programa Almanaque, da GloboNews, agosto 2011.

video.globo.com

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

SOLAR no programa do Jô

Gravação feita na tarde do dia 23.09.2011. Foi ao ar na Rede Globo na mesma noite:

http://youtu.be/L4HwBMHG96c

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

SOLAR DA FOSSA em Sampa


O lançamento na livraria Da Vila, na alameda Lorena, contou com o auxilio luxuoso do Guarabyra, ex-morador da pensão e um forte personagem do livro. Foi tudo simpático. Aconteceu dia 11 de agosto. Fotos de Paulo Meira.

SOLAR DA FOSSA em Curitiba




Muitos amigos na livraria Curitiba, no charmoso shopping Estação. No bate papo com o autor, o tema principal: a pensão Santa Terezinha. Dia 9 de agosto, uma terça.

Oficina em Araçatuba

Uma platéia atenta e comprometida com o trabalho procurou a programação cultural do
SESC para discutir e exercitar coisas da escrita (redação). Falamos de métodos para ensinar literatura, ou seja, a indicação de bons autores e bons livros. A oficina, prevista para durar três horas, passou trinta minutos do horário por absoluto interesse das partes... Aconteceu no sábado, dia 13 de agosto.(foto de Graziela Nunes)

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Lançamento SOLAR DA FOSSA

Aconteceu dia 2 de agosto, na livraria Argumento do Leblon. Os meninos fizeram o vídeo com um celular:

www.youtube.com

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Convite - lançamento Solar


Se você não quiser ampliar para conferir o texto, saiba que a noite de autógrafos vai ser dia 2 de agosto na livraria Argumento, no Leblon. A partir das 19 horas.

domingo, 17 de julho de 2011

Reportagem do Estadão

Casa da mãe Jurema

Por Jotabe Medeiros


Vai para as livrarias Solar da Fossa, o livro que conta saga de pensão carioca onde fermentou, nos anos 60, o pop nacional.

De 1964 a 1971, uma pensão instalada num casarão de dois andares na Avenida Lauro Sodré, em Botafogo (onde hoje é o Shopping RioSul) abrigou a grande faísca da cultura pop brasileira. Ali viveram, em momentos simultâneos ou distintos, Gal Costa, Tim Maia, Paulo Coelho, Paulinho da Viola, Betty Faria, Antônio Pitanga, Zé Kétti, Guarabyra, Caetano Veloso, entre inúmeros outros.
Os de passagem eram igualmente famosos: o bailarino Lenny Dale, o escritor francês Jean Genet, o cantor Milton Nascimento, o ator José Wilker, o artista plástico Hélio Oiticica. Ali foram gestadas canções como Alegria Alegria, de Caetano Veloso, e Sinal Fechado, de Paulinho da Viola. O guitarrista dos Fevers e o policial do esquadrão da morte Mariel Mariscott exibiram sua batida (o primeiro) e suas correntes de ouro (o segundo).
"Curtíamos a falta de comida e a luta pelo sucesso", conta hoje a atriz Darlene Glória. O Solar da Fossa ficou para a cultura pop brasileira como o Chelsea Hotel para a cultura pop nova-iorquina (no lendário Chelsea viveram artistas como Patti Smith, Robert Mapplethorpe, Joni Mitchell, Janis Joplin, Jimi Hendrix, Leonard Cohen e outros). O problema é que a história do Solar esfarelou-se com sua demolição, em 1974.

Finalmente, chega às livrarias amanhã um volume que conta toda essa história, remontada pelo escritor curitibano Toninho Vaz (autor de O Bandido que Sabia Latim, biografia de Paulo Leminski). Solar da Fossa - Um Território de Liberdade, Impertinências, Ideias e Ousadias (Ed. Casa da Palavra) chega com um atraso de 3 anos - chegou a ser impresso na Ed. Record, mas um desacordo entre autor e editora melou a publicação.
Na pensão da sexy e misteriosa Dona Jurema, figura que excitava a imaginação dos moradores (e que é descrita por Caetano Veloso no livro Verdade Tropical), o mundo cultural brasileiro como o conhecemos hoje dividia cigarros e bebidas e sonhava com o futuro. Chico Buarque conheceu Marieta Severo ali naquele pátio. Caetano compôs ali sua primeira canção tropicalista, Paisagem Útil.

Solar da Fossa era o nome de "fantasia" do local, batizado pelo carnavalesco salgueirense Fernando Pamplona - que foi parar lá após separar-se da mulher. Seu verdadeiro nome era Pensão Santa Terezinha. O homem ia à Lua, vivia-se a Era de Aquarius, o AI-5 tolhia as liberdades políticas, Charles Manson assassinava Sharon Tate. No Solar, o clima era outro: solidariedade, parcerias artísticas, delírio, ritmo dionisíaco regado a uísque London Tower e conhaque Dreher. E galhofa. O compositor Guarabyra dedicou-se a usar seu gravador para registrar ruídos de uma transa do ator Antônio Pedro com a namorada, e cujo resultado foi exibido no Teatro Casa Grande.

Quase ninguém tinha carro, atravessava-se o Túnel Novo a pé; jogavam-se peladas no pátio, ensaiavam-se peças de teatro e musicais pelos quartos, escreviam-se romances que mudariam a história da literatura (foi lá que Paulo Leminski escreveu o seu famoso Catatau). "A média de idade no Solar devia ser de 23, 24 anos. Eu era dos mais jovens - 19 anos quando fui morar lá, em dezembro de 1967, depois de mais de um ano de flerte com o lugar", conta o escritor Ruy Castro.
"No meu apartamentinho no Solar da Fossa, comecei a compor uma canção que eu desejava que fosse fácil de apreender por parte dos espectadores e, ao mesmo tempo, caracterizasse de modo inequívoco a nova atitude que queríamos inaugurar", escreveu Caetano Veloso em suas memórias. "Tinha de ser uma marchinha alegre, de algum modo contaminada pelo pop internacional, e que trouxesse na letra algum toque crítico-amoroso sobre o mundo no qual esse pop se dava". E assim nasceu Alegria Alegria ("Mandei plantar/folhas de sonho no Jardim do Solar").
"O Solar tem um perfil mítico porque muito se fala dele e pouco se conhece. A maioria diz: Eu já ouvi falar!", conta o autor, Toninho Vaz. Ao contrário da tradição europeia e americana, que põe plaquinhas nos lugares onde a História se desenvolveu, do Solar - ficaria ali entre o Canecão, o Shopping e o túnel - não sobrou nem poeira. Vive só na memória dos que o habitaram. (continua abaixo)
-------
NASCIDAS NO SOLAR
Músicas compostas no local
- Cristina e Padre Cícero, de Tim Maia
- Alegria Alegria; Panis et Circenses e Paisagem Útil, de Caetano Veloso
- Quero voltar pra Bahia; Pingos de amor; Um chope pra distrair, de Paulo Diniz
- Roda Viva, o arranjo do MPB 4 para a música de Chico
- Sinal Fechado, Paulinho da Viola
- Stella, de Fabio

(O Estado de São Paulo – 7/07/2011)

Veja a reportagem completa no link:
http://www.estadao.com.br/noti​cias/arteelazer,casa-da-mae-ju​rema,741468,0.htm

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Berço das estrelas



Depois de quase três anos de espera (atraso provocado pelo trâmite judicial, inclusive), chega às livrarias nesta sexta-feira o meu novo livro, batizado de SOLAR DA FOSSA - um território de liberdade, impertinências, ideias e ousadias. Prefácio de Ruy Castro. Projeto gráfico e capa de Rafael Nobre. Editora Casa da Palavra/LeYa. 257 páginas. (veja também no link da editora:  http://issuu.com/casadapalavra/docs/newsletter_julho )

terça-feira, 3 de maio de 2011

Reproduzo aqui, ilustrada com uma foto da pedreira Leminski em Curitiba, a entrevista feita comigo por um jornalista curitibano sobre o lançamento do livro de memórias de Jaime Lerner. 


Arquitetando memórias
O jornalista Toninho Vaz emplaca seu sétimo livro ao organizar as memórias de seu conterrâneo, o arquiteto, urbanista e político Jaime Lerner.

Por Felipe Pamplona

 O que é ser urbanista – ou arquiteto de cidades –, obra organizada pelo jornalista e escritor curitibano Toninho Vaz, foi escrita a partir de três entrevistas concedidas por Jaime Lerner nos últimos anos.
Reconhecido internacionalmente por sua inovação no plano arquitetônico de Curitiba – o arquiteto e urbanista Jaime Lerner, 74, prefeito da capital paranaense por três vezes e governador do estado do Paraná por outras duas - chamado pelo jornal britânico ‘Guardian’ de Revolucionário verde - ganha um livro com 125 páginas, que reúne suas memórias pessoais, profissionais e políticas em biografia lançada na primeira semana de abril pela editora Record.

Antônio Carlos Vaz, 63, como é apresentado neste livro de memórias, é jornalista desde 1969; trabalhou nos principais veículos da grande imprensa carioca e paulistana: Rede Globo, TV Bandeirantes, SBT, Jornal do Brasil, O Globo, Revista Manchete e Istoé.
O jornalista chega à sua sétima publicação; dentre os livros do autor, destacam-se as biografias dos poetas Paulo Leminiski e Torquato Neto e do antropólogo Darcy Ribeiro.

1) A Editora Record está lançando a sua mais recente biografia – O que é ser urbanista (ou arquiteto de cidades) – de Jaime Lerner, que segundo afirma em seu blog é o resultado de três grandes entrevistas com o ex-prefeito de Curitiba. Como se deu o processo de registro das memórias profissionais de Lerner ?
Toninho VazEste livro não pode ser considerado uma biografia feita por mim. Na verdade, são as memórias do urbanista Jaime Lerner, do ponto de vista profissional e um pouco mais. Seria mais adequado chamar de autobiografia do Lerner. Eu gravei os depoimentos e depois editei as falas para aglutiná-las por temas. Não fiz muito, apenas ajudei a dar uma forma interessante aos pensamentos e memórias do Jaime. Em jornalismo chamamos de copydesk ou texto final.

2) É sabido que o senhor é curitibano assim como Paulo Leminski, um dentre seus biografados, e, agora, Jaime Lerner. A ideia de escrever algo sobre a notoriedade de ambos surgiu a partir de alguma amizade ou identificação?
TV - Este raciocínio vale para a biografia do Leminski, que foi uma iniciativa minha. No caso do Jaime, foi um convite da editora que já desenvolvia uma coleção com este perfil, digamos, profissional.

3) Há algum outro paranaense sobre o qual gostaria de escrever?
TV - Nada me ocorre. Não que me falte admiração por alguns conterrâneos, pelo contrário, mas não vou me aventurar em terreno que não me pertence. Mas gostaria de saber mais sobre Bakun e Wilson Bueno, por exemplo.

4) Qual o maior desafio ao escrever biografias nestas circunstâncias, ou seja, um personagem já falecido e outro vivo?
TVO desafio foi o mesmo em ambos os casos: conseguir o equilíbrio necessário para “encontrar” o tônus de cada personagem. No caso do Leminski, como ele era meu amigo próximo, senti mais segurança neste aspecto.

5) Se fosse para ter sua biografia escrita por alguém, quem seria?
TVRuy Castro, um craque.

6) Ruy Castro notabilizou-se como grande biógrafo, alcançando vendas e premiações expressivas de suas principais obras - a Bossa Nova, Nelson Rodrigues, Garrincha e Carmem Miranda. Castro diz acreditar que o trabalho da biografia fica comprometido quando se escreve sobre alguém vivo. O senhor viveu os dois lados: escreveu sobre pessoas mortas e vivas. Há alguma diferença?
TVNão considero a livro do Jaime uma biografia, como já disse. Não existe muita pesquisa minha no texto, mas a abundante memória dele, que guarda detalhes até mesmo da infância. Concordo com o Ruy sobre escrever biografia sobre gente viva: fica esquisito.

7) Parafraseando o título do livro: o que é ser biógrafo?
TVSer biógrafo é pesquisar o suficiente – ouvindo várias fontes – a vida de uma pessoa e depois descrevê-la numa grande reportagem mono temática, bem desenvolvida e equilibrada.

segunda-feira, 25 de abril de 2011


Depois da chuva, todas as cores vistas da janela  da minha casa, em Santa Teresa, Rio. fevereiro 2011.

domingo, 3 de abril de 2011

Memórias: Jaime Lerner

Acaba de sair da gráfica o livro O que é ser urbanista – Memórias profissionais de Jaime Lerner. Depoimentos a Toninho Vaz (A editora, por uma razão insondável registra na capa o nome formal Antônio Carlos Vaz). O trabalho, da editora Record, com 125 páginas, foi feito a partir de três grandes entrevistas com Lerner, em Curitiba, alguns anos atrás. No primeiro capítulo, Lerner fala da infância na Rua Barão do Rio Branco, próximo à antiga estação de trem, em Curitiba. E no último, fala com gratidão da equipe que sempre trabalhou com ele: Rafael Dely, Marcos Prado, Nireu Teixeira, Carlos Eduardo Ceneviva, Franchete Rischbieter, entre outros. Lerner dedica o livro à mulher, falecida em 2009. “Para Fani, responsável por minha qualidade de vida por mais de 40 anos”, escreveu ele.

terça-feira, 29 de março de 2011

Em nome do verbo

Recebi por e-mail esta foto enviada gentilmente por Ana Barrios, fotógrafa profissional. Foi batida durante minha oficina de texto em Castro, Pr, em 2009. Aproveito para fazer um “comercial” da Oficina que pode ser tratada pelo telefone (21) 2242-9189 ou pelo e-mail que aparece logo ai em cima, embaixo do nome no painel. Ideal para professoras e aspirantes ao mundo literário.

domingo, 20 de março de 2011

Fusion, not confusion

(Texto de apresentação do livro Uvas do tamanho de dedos e outras histórias, de Rodrigo Acras, no prelo. O lucro da venda será destinado ao Hospital Erasto Gaertner, de Curitiba. A ilustração de Kandinsky é casual aqui no blog )

O leitor tem em mãos o livro de estreia de Rodrigo Acras, que durante o processo de criação era chamado carinhosamente pelo autor de Confusão, nome do blog onde se originou a ideia. Porém, acredite, não há nenhuma confusão nestas páginas – e sim muitas agradáveis surpresas.
Surpresa por se tratar de um autor iniciante e cuja profissão (engenheiro eletrônico), em tese, não o aproxima do mundo da literatura.
Surpresa também nas várias histórias catalogadas de maneira esquemática a partir da criação: As imaginadas, As observadas, As vividas, etc...
Surpresas que continuam nas narrativas, de onde surge um texto criativo, certeiro e maduro – elementos suficientes para fazer de Uvas do tamanho de dedos e outras histórias um livro “surpresa” também para o leitor.


Toninho Vaz

domingo, 13 de março de 2011

Memória analógica VIII

Foi num churrasco em Pedra de Guaratiba, anos 70, com a inestimável colaboração de um fotógrafo desconhecido. À esquerda, o mineiro Márcio Borges, poeta e destacado letrista do histórico Clube da Esquina de BH. O Marcinho – como é mais conhecido – escreveria anos depois a saga de sua turma nas bem traçadas páginas de Os sonhos não envelhecem, editado pela Geração Editorial. No livro, deixou registrado tim tim por tim tim como tudo aconteceu para ele, Milton Nascimento, o irmão Lô Borges, Fernando Brandt e outros tantos de igual talento. Anos mais tarde, o Marcinho se tornaria meu compadre de verdade, quando fui escolhido por ele e Claudinha para ser o padrinho da pequena Isabel, hoje uma linda mulher. Entre nós, na foto, aparece o bem humorado cantor Roberto Ribeiro, notável como puxador de samba do Império Serrano, uma das escolas de Madureira (Serrinha), onde o campista Demerval Maciel (seu verdadeiro nome) foi viver quando chegou ao Rio. O Roberto foi escolhido duas vezes como o melhor cantor da avenida e frequentou as paradas de sucessos com sambas que se tornariam clássicos: Todo menino é um rei, Acreditar (de Dona Ivone Lara), Liberdade. Passados mais de 30 anos, o Marcinho não está de braços cruzados: continua ativo como poeta, compositor e escritor e pode ser encontrado em Mauá (RJ) ou Belo Horizonte, onde mantem parte do guarda roupa. O Roberto faleceu em 1996 atropelado por um carro numa estrada em Jacarepaguá. Estava deprimido e cego de um olho (esqueceu as lentes de contato, que criaram fungos), desde a manhã em que o encontrei em uma calçada de Ipanema, com a mulher, saindo de um médico oculista. Tinha acabado de receber o diagnóstico e estava em estado de choque. Segurando os meus ombros com as duas mãos, disse em prantos: “Toninho, estou cego, acabei de saber disso”. Segurei-o também pelos braços e expressei assustado a minha solidariedade: “Roberto, fique firme, não se deixe abater...”. Ele estava inconsolável e seguiu para a praça General Osório amparado pela mulher. Prefiro a cena do churrasco. Toninho Vaz

domingo, 6 de março de 2011

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

No Estadão, a repercussão

Darcy toma café com Naná e Carol, 1990. foto toninho vaz

O repórter Jotabe Medeiros, do Estado de São Paulo, se ligou nas denúncias sobre a casa de Darcy Ribeiro em Maricá (tema dos posts abaixo) e publicou matéria na edição de hoje, 24 de fevereiro, Caderno 2. Veja o link:

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110226/not_imp684718,0.php

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Casa Darcy – Niemeyer (Hoje)

A casa mantém as paredes intactas, mas o telhado desabou parcialmente. foto toninho vaz

A reportagem vai mostrar o abandono e a promessa de recuperação. foto de Tiuré.

A denúncia feita nesse blog de que a casa projetada por Niemeyer para Darcy Ribeiro, em Maricá, estava desabando, deu resultado. Além da revista d´O Globo, que fez matéria no domingo, 13, com o sugestivo título “Esqueceram de mim”, o jornalismo da TV Record também se interessou pelo assunto. Eles me levaram hoje até a praia do Cordeirinho, onde está o que sobrou da casa, para gravar depoimento que vai ao ar amanhã, terça, no Jornal da Record, 20,30 h. A Prefeitura também se explica. O trabalho foi da repórter Cristiana Gomes.
A informação correta: a casa agora pertence à prefeitura de Maricá que, por um processo de desapropriação, pagou à cunhada de Darcy (Jacy Ribeiro) a quantia de 140 mil reais. E deve ser transformada na Casa do Professor, projeto sob a responsabilidade da Secretaria de Educação do município, que promete acelerar as obras de restauração do mimo. Para saber mais, leia o texto que vem embaixo.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Casa Darcy-Niemeyer

Desenho tosco da casa de Darcy projetada por Niemeyer em Maricá.

A paisagem vista do quarto principal, ao centro do semicírculo: Naná e Carol relaxam. foto toninho vaz.

No domingo da moqueca Darcy, Tizuka e Naná. Carol tenta alcançar a cena. foto toninho vaz

Com Darcy na casa de Maricá. foto de Carol aos 9 anos.

para o acervo Niemeyer

Aconteceu dois anos seguidos, acho que 1989 e 90. Naná e eu juntamos as crianças e o cachorro e fomos passar um mês na casa de praia de Darcy Ribeiro, em Maricá. Em pleno verão. Ele preveniu: “Deixei separados na adega os vinhos que você PODE beber. Os outros são sagrados”. Ficou combinado que ele apareceria num final de semana para um almoço típico praieiro. (E isso aconteceu num domingo, quando ele apareceu com Tikuka Yamazaki para aproveitar a moqueca.)
Afinal, estávamos em frente ao mar, numa pequena e maravilhosa casa concebida pelo gênio de Oscar Niemeyer, que desenhou uma oca cortada ao meio e voltada para o mar, projeto redondo como a piscina que completava o círculo da construção. Em cada extremidade do semicírculo, uma entrada ampla de ventilação, formando um corredor até atingir o outro extremo, onde estava a cozinha, passando por dois quartos e uma sala. Toda branca, caiada. (Veja no desenho tosco que acabei de fazer com o mouse)
.

Durante o dia, calor de rachar, à noite uma coberta para se proteger do frio provocado pela ventilação natural. Se o vento estava incomodando, bastava fechar uma porta como se fosse uma eclusa. A mesa de refeições ficava no lado de fora, ligada com a cozinha por uma janelinha na parede. Coisa de gênio.
Pois bem, a foto que ilustra esta crônica foi feita num domingo, logo após uma moqueca que preparei com gosto para o Darcy, na qual derrubamos três garrafas de vinho e fizemos um recital de poesia.
Ele se preparava para ir a Curitiba lançar o livro Confissões, sua autobiografia, e fez a convocatória olhando para mim: “Você, jornalista curitibano, vai na frente preparar a minha chegada. Vamos tentar criar uma agenda de encontros com a imprensa”.
E assim foi. Uma semana depois deste domingo, eu seguia para Curitiba, onde fizemos uma bela festa na enorme livraria Ghignone que existia na Praça Osório. Quando chegou ao mezanino, no alto da escada, Darcy falou para o atento José Ghignone, o livreiro, quase em clima de conspiração, olhando uma pequena multidão logo embaixo: “Lugar bom para se fazer um discurso”.
E Darcy falava para quem queria ouvir: “As elites brasileiras são cruéis, elas asfixiam as massas mantendo-as na escuridão da ignorância. As escolas não cumprem com o papel de educar e preparar os meninos do Brasil. Só vamos acabar com a violência quando resolvermos a questão da Educação”.
Parece que foi ontem.
Isto tudo para dizer que a casa, que nunca foi considerada parte do acervo do Niemeyer, está se acabando à beira mar, abandonada e sem manutenção. Uma jóia.

Toninho Vaz

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Memória analógica VII

Em 1991, durante três meses, andei mergulhado no samba carioca de raiz como editor de texto do programa (semanal) Manhã de Carnaval, na TV Globo. Cuidava do material (coluna de opinião e entrevistas) produzido por três grandes: Paulinho da Viola, Adelzon Alves e Lecy Brandão. Era o aquecimento pra grande festa da Sapucaí.
A foto, com a assinatura do (eterno) cinegrafista José de Arimatéia, registra a gravação (entrevista/bate papo) que o Paulinho fez com o seu convidado, Martinho da Vila Isabel. Foi no salão vazio de um antigo restaurante do Leblon. Tá fazendo exatamente 20 anos, no dia 11.