sexta-feira, 16 de julho de 2010

Paulo Moura - um dia em Manhattan

Paulo Moura e Halina namoram em frente à Carnegie Deli, NY, 1997. Foto Toninho Vaz.

Conheci o casal quando o destino me colocou como um dos quatro convidados para uma apresentação do Paulo com o pianista Cliff Korman, às 11 horas da matina, em NY. A audição, solicitada por dois empresários americanos, aconteceu na sala de pianos da Yamaha. A empresa colocou à disposição do Cliff onze pianos de diferentes modelos. O Paulo tocou sax e clarinete: Pixinguinha, Gershwin, Jobim, Ernesto Nazareth, quase uma hora de show de bola. A quarta convidada era a produtora da TV Globo, Silmara Tauster. Terminada a apresentação, saímos os quatro (sem os empresários) para almoçar num bistrô e derrubar algumas garrafas de vinho. Depois, a pedido do casal, seguimos caminhando em direção à romântica Carnegie Deli, onde voltamos a chamar o garçom de meu louro. No caminho, o Paulo me pediu à exaustão que cantasse uma modinha maliciosa e ingênua ao mesmo tempo (coisa do Pedro Leminski), que ele adorou e que mandei na saída do restaurante:


quando a noite cai sobre a cidade
não vou ficar de novo na saudade
junto uma grana
e vou buscar Maria Joana
junto uma grana e vou buscar Maria Joana
Maria Joana já passou minha paz pra trás
há muito tempo eu não sou o mesmo rapaz.


Grande figura, querido Paulo.